Título: Liberta-me (Unravel me)
Páginas: 444
Ano: 2013
Editora: Novo Conceito
Sinopse
Liberta-me
é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me,
importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento,
em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do
coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de
tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu
coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode
realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida
de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia
moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo
e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e
extasiante.
Primeiramente é o meu dever
cívico dizer que essa é uma das capas
mais sem criatividade feita na história das capas. É apenas o zoom da de Estilhaça-me (resenha), com o adicional dos cacos
de vidro e o rosto de Adam e Warner. Ridículo.
Colocasse uma capa toda branca com o
nome que eu aceitaria com mais facilidade.
Depois do final de Estilhaça-me eu fiquei extremamente
curiosa para descobrir o que iria acontecer a seguir; como a guerra havia
começado, entender isso em uma escala mais global, como o Reestabelecimento
funciona, o que exatamente é o Ponto Ômega, como surgiu e tudo que foi deixado
em aberto no primeiro livro. E se você também tinha todas essas perguntas eu
devo lhe dizer que basicamente nenhuma
foi respondida.
Eu nem preciso dizer que Juliette é louca, entrar em sua cabeça
durante o primeiro livro já foi o suficiente para constatar isso, e por isso ela se isola de basicamente de todos,
com exceção de Adam e... É, só Adam. Ela basicamente se tranca todos os dias em
uma sala tentando controlar seus poderes, mas é tudo em vão, e nos momentos em
que ela não está treinando, dormindo ou comendo sozinha no refeitório, está de pegação com Adam no seu quarto
pelos 10 minutos livres que ela tem todos os dias.
E como só temos o ponto de
vista de Juliette, e essa garota tonta e depressiva
demais e passa muito tempo pensando que todas as pessoas a odeiam e que tentar
fazer amizade só vai piorar tudo, não
sabemos muito sobre a história. E by
the way, ela continua com as frases
riscadas, erros de pontuação e repetições. Às vezes eu me perco achando que
estou lendo a mesma linha de novo, mas é apenas a loucura de Juliette.
O começo do livro é bem tedioso na verdade. Não há nada de novo
até o momento que descobrimos que Adam
tem uma ‘doença’ relacionada ao fato dele poder tocar Juliette e isso é o
máximo de emoção que temos já que ele não quer falar sobre isso com ela.
A partir daí descobrimos
algumas coisas interessantes sobre
Adam, nos vemos em uma missão de resgate
e o Ponto Ômega recebe um convidado
super especial que Juliette esperava nunca mais ver que está sendo mantido refém e entramos
em uma parte que eu denominei de ‘Momento
X-Men’ por falta de um nome melhor. Muito melodrama, muitos clichês
e definitivamente muitas inconsistências.
Tahereh escreveu muito bem Estilhaça-me e acho que isso era porque
a história tinha 3 personagens e dois cenários durante basicamente todo o livro
e isso ajudou muito a tornar a história acreditável. Mas quando o cenário e o
número de personagens a história perdeu
o rumo. Tudo que acontece é simplesmente muito conveniente! Muito pouco
realista. É como se a Tahereh soubesse onde está, aonde quer chegar, mas
não se importasse com os meios e por isso a história fica pouco convincente.
Outra coisa de que senti muita falta nesse livro foram as
frases lindas que encontrei em Estilhaça—me,
que by the way me fizeram passar a
anotar quotes de livros, mas em Liberta-me? Pouquíssimas.
E por último, mas não menos
importante; Kenji! Preparem-se para
se surpreender com esse personagem porque eu estou oficialmente apaixonada. Tenho quase certeza que Tahereh se
inspirou em mim para cria-lo. Ele é extremamente sarcástico, bobo e efusivo, ou seja, perfeito.
Eu sinceramente espero que
Tahereh se redima com o próximo livro porque eu realmente quero as minhas perguntas respondidas,
e quero saber o que aquela desmiolada da Juliette vai fazer depois de ter acordado...
bom, vocês vão descobrir.
Bia Albuquerque
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