08 fevereiro 2013

Resenha: Cidade das Cinzas - Cassandra Clare




Título: Cidade das Cinzas (The Mortal Instruments: City of Ashes)



Série: Os Instrumentos Mortais
Editora: Galera
Ano: 2011
Páginas: 404

Sinopse
Clary Fray só queria que sua vida voltasse ao normal. Mas o que é “normal” quando você é uma Caçadora de Sombras assassina de demônios, sua mãe está em um coma magicamente induzido e você de repente descobre que criaturas como lobisomens, vampiros e fadas realmente existem? Se Clary deixasse o mundo dos Caçadores de Sombras para trás, isso significaria mais tempo com o melhor amigo, Simon, que está se tornando mais do que só isso. Mas o mundo dos Caçadores não está disposto a abrir mão de Clary — especialmente o belo e irritante Jace, que por acaso ela descobriu ser seu irmão. E a única chance de salvar a mãe dos dois parece ser encontrar o perverso ex-Caçador de Sombras Valentim, que com certeza é louco, mau... e também o pai de Clary e Jace. Para complicar ainda mais, alguém na cidade de Nova York está matando jovens do Submundo. Será que Valentim está por trás dessas mortes? E se sim, qual é o seu objetivo? Quando o segundo dos Instrumentos Mortais, a Espada da Alma, é roubada, a aterrorizante Inquisidora chega ao Instituto para investigar — e suas suspeitas caem diretamente sobre Jace. Como Clary pode impedir os planos malignos de Valentim se Jace está disposto a trair tudo aquilo em que acredita para ajudar o pai? Nessa sequência de tirar o fôlego da série Os Instrumentos Mortais, Cassandra Clare atrai os leitores de volta para o lado mais obscuro do submundo de Nova York, onde amar nunca é seguro e o poder se torna a mais mortal das tentações.

Vamos começar pela capa. Linda! Parece uma pintura, até agora eu não sei se é uma foto ou não. Eu comecei a ler essa série só pela capa, by the way. Eu sei, ‘Nunca julgue um livro pela capa.’, mas eu julguei, e dai? Eu ficava feito uma boba no ônibus virando o livro de um lado pro outro pra ver o efeito 3D. É, a minha idade mental é de cinco anos --‘. Pronto, agora que já tivemos a minha cota de idiotice por resenha vamos ao que interessa.
Dizer que a vida de Clary virou de cabeça para baixo é pouco. Ter a mãe em estado de coma; descobrir que é uma Caçadora de Sombras; ver seu pai (que ela achava que estava morto) aparecer em sua vida como o Soberano do Mal (muito exagero?); se apaixonar; descobrir que tem um irmão; descobrir que se apaixonou pelo irmão, opa! (incesto parece estar em moda, né? kkk). Bom, não é algo com que qualquer um consiga lidar.
E não é só para Clary que as coisas estão difíceis, não. Com a descoberta de que Jace é na verdade filho de Valentim surge também a dúvida: Como ele não sabia quem era o próprio pai? (detalhe: ele viveu com Valentim até os 10 anos) E com o roubo do segundo Instrumento Mortal as suspeitas de que Jace está do lado do pai aumentam e ele acaba atraindo a atenção da Inquisidora, uma mulher um pouco (só um pouco) paranoica que está disposta a transformar a sua vida em um verdadeiro inferno.
Não preciso nem dizer que Jace corre pra arrumar confissão, né? E logo com quem? O bando de Luke. Pois é, inteligência não é exatamente uma de suas virtudes. Depois de prisões, fugas, brigas, feiticeiros, encontros no mundo secreto das fadas (é sério) e mais prisões fica claro que Cassandra Clare não se contentou apenas com Jace e Clary, ela tinha que desgraçar a vida de todos os personagens. E quem foi o alvo mais provável? Simon!
Lá estava eu, ingenuamente achando que Clary ia fazer a coisa certa, desistir dessa paixãozinha impossível e, sei lá, ficar com o melhor amigo que a ama (será que é tão ruim assim?), mas a estupidez vence como sempre, e depois de muitas bolas foras não é apenas a garota que faz o coração de Simon vacilar (hahaha, essa é a minha risada de ‘Eu sei uma coisa que vocês não sabem!’), e ele acaba passando por umas, ahh, complicações que irão mudar a sua vida.
Bom, eu tenho uma queda por personagens sarcásticos, arrogantes e com língua afiada, então não tenho como dizer que não gostei da personalidade de Jace, mas o meu personagem favorito é definitivamente Magnus Bane. Pra começo de conversa a história não teria andado em nada sem ele, ele pode até não conquistar de cara, mas aposto que vai ter muita gente se apaixonado, e outra coisa; ele é hilário! Os dois me renderam muitas gargalhadas.
Cassandra teve um ótimo timing para as piadas, trocadilhos e situações. Foram poucos os capítulos em que eu não ri histericamente. E as conversas de Jace e Clary foram tão humilhantes que me deram crise de riso. O livro é cheio de altos e baixos (mais baixos, na verdade) com passagens que me fizeram exclamar, gritar, xingar a autora (mas ela sabe que eu a amo) e rir muuuito. E devo dizer que ela apareceu com comparações bastante estranhas. Qual é a cor de torrada com manteiga e, por favor, alguém me explique qual o som de mel com limão?
O livro é bem melhor construído do que Cidade dos Ossos (adoro esse nome *-*) e deu pra ver que o ponto principal dele foi o mistério e a ação. Só tem uma coisa que eu aconselho sobre a leitura do livro: Não leia as últimas 30 páginas! Sério, foi a maior decepção de todas, e eu realmente gostei de todo o livro, exceto dessas páginas que estragaram todo o resto. Eu tive um grande problema técnico com a história (e o estranho é que Cassandra estava seguindo muito fielmente as descrições de seres sobrenaturais até esse ponto) e mesmo que ela venha com uma explicação mirabolante no próximo livro eu vou continuar sem aceitar isso.
Desculpe mas eu preciso perguntar isso, então se não quiser um spoiler (pequeno) não leia a próxima linha.
Alguém me fala quantas vezes uma pessoa precisa morrer pra morrer de verdade?!
Bom, é isso. Aqui está o primeiro capítulo para quem quiser ler online e QUEIRA LER! E esse é o site da Galera onde você pode baixar o primeiro capítulo.
Enjoy!

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